26 de novembro de 2008

A Força dos Amigos..


Uma semana desde o último post e, acreditem em mim, foi uma semana muito difícil, e ainda está sendo. Ainda não é dessa vez que vou continuar com "Os Donos do Brasil", não tive tempo de preparar o post, mas eu vou continuar, garanto. Por hoje mais um post pessoal, estritamente pessoal, mas como o blog é meu, eu posso.


Acho que a maioria das pessoas já passou por um momento difícil, principalmente com a perda de pessoas queridas. Pois é, no último sábado minha avó faleceu e está sendo muito difícil para mim enfrentar essa situação. Imaginem que no domingo eu tinha que fazer provas do vestibular, e eu fui, apesar da ansiedade e do nervosismo que não são comuns a minha pessoa. Mas não quero falar dessa situação incômoda na prova ou da dor da perda. Quero falar dos meus amigos.

Sabem, eu sempre li em muitos lugares muitas coisas sobre a amizade verdadeira, e eu acredito que existem amizades desse tipo, mas apesar de tudo eu nunca tinha percebido o quão verdadeiro é tudo o que eu li. E justo nesse momento difícil eu estou vendo o quão verdadeira e importante é a força dos amigos.

No sábado, eu passei um longo tempo sem dizer uma palavra, sem falar com ninguém. Falei então com uma amiga muito importante, embora por telefone, e ouvir a voz dela me acalmou um pouco, mas perdi a fala novamente ao desligar o telefone. E assim fiquei até receber a visita de uma outra amiga, tão importante quanto a primeira, e dessa vez, provavelmente pela presença dela, eu consegui começar a falar de novo. Embora cada palavra fosse muito dolorosa.

Ainda enquanto eu não falava eu recebi a visita de um grande amigo, um irmão como os que eu tenho de sangue, apesar de naquele instante não ter dito uma palavra, escrevi em um papel o quanto aquela visita estava sendo importante, por vezes eu não me sentia a vontade ouvindo ele falar enquanto eu não tinha coragem de dizer nada. Mas ainda assim ele fez uma outra coisa muito importante pra mim naquele dia, e eu serei eternamente grato por isso.

No fim daquela tarde fatídica, quando estavam todos prestes a ir para a Igreja e em seguida ao cemitério, eu perdi o controle, não conseguia aceitar que tudo aquilo estivesse acontecendo. Eu gritei, chorei, me debati, senti vontade de morrer também, cada vez mais sentia um vazio dentro de mim. Foi então que ela, aquela amiga que tinha ido me visitar e ainda estava comigo, me levantou e me levou pra o terraço da casa, onde tentou me acalmar.

E foi então que, um a um, comecei a ver meus amigos chegando, meus verdadeiros amigos, pessoas que eu confiaria minha vida, e aquilo foi reconfortante pra mim. Nesta hora eu consegui falar com todos, e isso foi fundamental pra que eu não me descontrolasse de novo. Mais ainda, foi fundamental para que eu não fizesse uma besteira. Obrigado, amigos, irmãos.

Abraço. Boa leitura.

20 de novembro de 2008

E aí? Onde vamos comer?


Olá amigos, antes de continuar a série "Os donos do Brasil", uma pequena pausa para esse post, que no mínimo vai ser engraçado no fim. É um post um tanto quanto pessoal, mas acho que muita gente já passou por isso.


"E aí? Onde vamos comer?", quem nunca se fez essa pergunta ou já ouviu a mesma. Pois é, quando se encontram duas pessoas que não gostam de "decidir", ao meu ver, a situação sempre se torna de alguma forma, no mínimo, engraçada.

Fica aquele leva-e-traz: "Escolha você", "Não! Escolha você", "Eu não, escolha você", e por aí vai a lista é grande. Como eu falei antes é uma opinião particular, mas esse é o tipo de "discussão" que vale a pena se discutir por horas, pelo menos pra mim que odeio tomar decisões, sem contar que é uma forma excelente de descontrair as coisas.

O mais legal é quando os dois estão com fome, aí é que a coisa fica engraçada. Por que lá estão morrendo de fome, e simplesmente não decidem, se recusam a escolher, nesses casos quem tiver com mais fome normalmente escolhe. Depois de escolher onde comer, em escala menor, às vezes acontece outra cena pra decidir o que comer. São o tipo da coisa, engraçadas na hora, e muito engraçadas depois.

Mas tem outro lado muito mais legal nisso tudo. Essas coisas servem pra transformar momentos inesquecíveis e importantes em momentos realmente inesquecíveis. E a lembrança é mais agradável ainda pelo fato de ser engraçado, e curioso eu diria. Mas enfim, é sempre agradável esse tipo de situação e sempre cabe o convite, e da próxima vez um jantar?

Abraço. Boa leitura.

17 de novembro de 2008

"Os donos do Brasil" - Parte 01



Nos próximos dias estarei publicando uma série de textos com o intuito de informar e de expor minha opinião sobre os fatos que vêm ocorrendo no nosso país nos últimos meses. Nesse decorrer irei levantar questionamentos importantes sobre os mesmos e, ao mesmo tempo, irei oferecer a minha resposta aos mesmos questionamentos.



"A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito." (Art. 1º, Constituição Federal de 1988)

Historicamente, o que se conceitua como Estado democrático de direito, é uma designação àquele Estado que garante o respeito das liberdades civis, ou seja, respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais. Por meio de uma proteção jurídica, as próprias autoridades políticas estão sujeitas ao respeito da regra de direito. Em um Estado democrático de direito, o poder estatal é limitado pela lei, não é absoluto, e essa limitação é controlada pelo acesso de todos ao Poder Judiciário, com autoridade e autonomia necessárias à aplicação da lei.

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza." (Art. 5º, Constituição Federal de 1988)

Quem acompanha os meios de comunicação com frequência, seja no âmbito local ou nacional, sabe que não é bem assim que as coisas funcionam. O problema, é que ultimamente as coisas vêm piorando, antes tudo acabava em "pizza". Raramente haviam investigações, niniguém nunca tomava conhecimento dos fatos, prisões nem se fala. Os criminosos de verdade agente nem sequer sabia quem eram, mas aquele ladrão de galinha, de feijão, ou de qualquer outro gênero alimentício, era preso e ainda passavam imagens dele, algemada vale salientar, nos noticiários.

Nos últimos anos, é corriqueiro ligar a TV e ouvir no jornal que a Polícia Federal prendeu dezenas de pessoas em mais uma operação contra o crime organizado (e a cada dia vemos que é mais organizado ainda), na maioria dos casos (não vou dizer em todos os casos, porque sinceramente não tenho certeza) em que houve prisão ou envolvimento de políticos, deixaram "cicatrizes" tanto no Governo Lula quanto na oposição. Alguém lembra do "Mensalão"?

Mas o que se seguia após cada operação era vergonhoso, a Polícia Federal apresentava provas cabais, inquéritos completos e vinham os parlamentares, instauravam uma CPI e no fim de tudo acabava em "pizza", mas agora agente já está tomando conhecimento público tanto dos crimes quanto dos criminosos, os criminosos de verdade. Mas ao que parece só recentemente é que resolveram investigar os mais poderosos criminosos do país, pessoas que por sua vasta influência (que eu chamaria de vasta folha de pagamentos) podem ser consideradas "os donos do Brasil".

Não se pode mais algemar o bandido. Procuram-se provas para condenar um delegado que fez o trabalho dele, investigou um bandido, um criminoso do mais alto nível. Pessoas idôneas são afastadas de suas atribuições legais em detrimento de um bandido. Parte da mídia cria fatos para desviar a atenção dos verdadeiros crimes e criminosos. O Estado democrático de direito, garantido pela Constituição Federal, é desrespeitado, a própria Constituição é tratada como lista telefônica na mais alta corte do Judiciário.

Queria eu que o povo gritasse para todos eles, sejam eles quem forem, que o nosso país não tem dono. O Brasil é o nosso país, o país do povo brasileiro e para o povo brasileiro, e eles, criminosos de paletó e gravata, não são bem-vindos.

Abraço. Boa leitura.

12 de novembro de 2008

A Calçada da Fama...


Bem, primeiro queria dizer que este não era originalmente o post previsto, mas que devido alguns ajustes propostos no mesmo, estou adiando um pouco aquele post (isto é valido para aqueles para quem eu estive fazendo propaganda). Bem e este post, é uma resposta desse blog a uma pergunta que me foi feita.


Por vezes nos encontramos perdidos em nossas próprios pensamentos, procurando respostas por tanto tempo que acabamos por esquecer as perguntas. Em um poema que escrevi há um trecho interessante:

"Quem vai gostar de mim?
Quem vai lembrar de mim?
De mim? Ninguém!
E de você? Também!"

Acho que no fim das contas a maioria das pessoas se importa de mais com isso, ser lembrado, ser admirado. Mas e o que as mesmas pessoas fazem para tal? Muitas vezes nada que realmente mereça ser lembrado, mas que por conveniência ou comodismo acaba sendo incluso nos anais da história da humanidade.

Acho que as pessoas deveriam preocupar-se mais em construir um mundo melhor para todos, do que em construir uma imagem própria melhor para o mundo. Talvez, se todos agissem dessa forma, o mundo se tornasse um lugar melhor, mas de certo mesmo muita gente ia deixar de ser lembrada pelo vestido extravagante na festa de fim de ano, ou pelo carro importado caríssimo comprado depois da promoção no emprego. As pessoas iam perceber que no fundo, não importa o que se tem na vida, mas quem se é na vida.

Sabem, um dia eu encostei a cabeça no travesseiro antes de dormir e me deparei com um turbilhão de pensamentos sobre as mais diversas coisas, e percebi que eu não estava fazendo a minha parte, não estava dando uma parcela de contribuição para que as coisas fossem diferentes como eu achava que deveriam ser. Resolvi começar a fazer alguma coisa, fiz planos, tive idéias, tracei objetivos. E comecei a fazer as coisas acontecerem, primeiro com esse blog, e depois outras coisas virão, com o tempo quero aumentar a minha parcela de contribuição para que as coisas possam ser diferentes.

Talvez, alguém que esteja lendo isso acabe pensando que eu estou sendo hipócrita, como há algumas semanas atrás eu fui rotulado em um comentário, no post "As 'Colunas Sociais'". Bem, só posso pedir paciência, e quem sabe um dia todos poderão ver que eu estou falando sério.

Abraço. Boa leitura.

6 de novembro de 2008

A Cor do Dinheiro...


Olá amigos! Pois é, demorei um pouco para postar de novo, mas é que estou pensando em novas idéias pro blog. Mas, por enquanto, as velhas idéias ainda estão presentes e são mais do que agradáveis.


"Change has come to America!", em bom português: "A mudança chegou à America!". Foi o que disse o 44º Presidente eleito dos Estados Unidos em seu discurso após a confirmação de sua vitória. A vitória do primeiro negro eleito Presidente e desde Kennedy, há quase 50 anos, nenhum presidente havia sido eleito com maioria tanto de votos quanto de delegados do colégio eleitoral, por mais que existam controvérsias a esse respeito.

O Presidente mudou, o partido mudou, afinal Obama é democrata e seu antecessor, Bush, é republicano, e o Salão Oval da Casa Branca agora será ocupado por um negro, pela primeira vez na história. Mas apesar dessas mudanças evidentes, o dinheiro não mudou de cor, nem de valor. A crise financeira mundial não acabou, pelo contrário continua levando a falência muita gente, e transformando outras em milionários, verdadeiros golpes de sorte.

E mesmo que ele (o dinheiro) tivesse mudado de cor, que diferença faria? Nenhuma, creio eu. Talvez exista por trás da eleição de Barack Hussein Obama nos Estados Unidos da América (do Norte), o primeiro negro eleito presidente, um homem que carrega em seu sobrenome uma lembrança a um dos homens que mais desafiou os EUA enquanto vivo, e que foi enforcado por causa das armas de destruição em massa que nunca foram encontradas.

O rival de Obama, o também senador, John Sidney McCain, é aquilo que os militares costumam chamar de veterano, um herói da Guerra do Vietnã. Alguém lembra dessa guerra? É aquela que ficou conhecida por ser a única guerra que os EUA foram derrotados, derrotados por "fazendeiros com forcados", como foram julgados os vietcongues pelo então presidente, Lyndon Johnson, que havia sentado na cadeira maior do Salão Oval, depois do controvérsio assassinato de John F. Kennedy.

McCain é republicano, é um veterano do Vietnã, tem 72 anos, e tinha o apoio do Presidente Bush(?). O que poderia nos levar a pensar que ele poderia nos trazer muitas outras guerras para assim superar a crise financeira, afinal historicamente foi assim que os EUA resolveram suas crises enfrentando guerras. Depois de 1929, aconteceu a Segunda Guerra Mundial, em seguida a Guerra Fria. Com as crise do petróleo as guerras no Oriente Médio foram inúmeras, a principal delas foi a Guerra do Golfo, contra Saddam Hussein, e sabe quem era o Presidente? George Bush, o pai do atual presidente.

Mas o que nos garante que o tal negro, o democrata, Barack Hussein Obama, não irá continuar a política de sempre, que eu prefiro chamar (carinhosamente) de "política de guerra"? Afinal a crise está aí, e ao que parece ela não quer ir embora sem antes causar mais "desastres". Ao contrário da maioria das moedas correntes ao redor do mundo, o dólar tem todas as suas cédulas de uma única cor, o verde. O mesmo verde das fardas militares, o mesmo verde das florestas (da Amazônia, por exemplo). O novo presidente é negro, ou seja, (sem preconceito algum nesta parte, por favor não me entendam errado) ele é da cor do petróleo, o ouro negro. Sabe-se lá o que essas tantas "coincidências", forçadas ou não, querem dizer.

Enfim, vamos esperar pra ver. Mas para ver o que? Eu, particularmente, não desejo ver uma nova guerra, muito menos em escala mundial. E vocês o que pensam? Só posso dizer que pra aqueles que têm fé, devemos rezar para que as coisas realmente mudem, ao invés de "mudar". Para os que não têm fé, ou que não gostam de rezar, vamos então torcer pelo mesmo fim. Pois, assim como não importa a cor do dinheiro, não importa a "cor" da esperança, que muitos dizem que é verde (como o dólar), mas que na minha opinião pode ser de qualquer cor.

Abraço. Boa leitura.