31 de agosto de 2009

Deserto de Medo

Deserto de Medo


Sem palavras pra falar
Sem letras pra escrever
Trancado, com medo
Sozinho, com medo

É duro ver e acreditar
É triste ter que ser
Perdido, com medo
Ferido, com medo

Prisão de tudo por nada
Solidão de tudo por nada
Perdição de tudo por nada
Feridas de tudo por nada

Num caminho sem rumo
Num deserto
Deserto de medo


Abraço. Boa leitura.

29 de agosto de 2009

Amigo do peito

Amigo do peito

Amigo é amigo
É quem passa
Mas fica comigo

E é fácil passar
Ah! E isso eu digo
O difícil é ficar

E assim de repente
Numa noite qualquer(?)
Aparece perto da gente

Carregando alegria
Uma conversa de botas batidas
Amanhã será outro dia

E é aí que vai estar!
A sutil diferença
Entre passar e ficar

E sem qualquer razão
Não se deixa passar
Inventando a razão
Porque o amigo
Do peito
Tem defeito
De fabricação
Mas não pede devolução
Em seu jeito é perfeito
Por isso se guarda
Passa mas fica
No coração!


Dedicado especialmente à aniversariante de ontem, parabéns Célia, xará da minha mãe (risos). Mas que todos os meus amigos se sintam tocados pelas palavras.

Abraço. Boa leitura.

25 de agosto de 2009

Procura

Procura

Eu vou te procurar
Até o fim do mundo
Só pra você perceber
Que o importante é você
Não há medo ou coragem
Loucura ou vaidade
O que eu quero todos sabem
Sabem toda a verdade
Que eu quero ver seus olhos e
Sentir o seu perfume e
Ouvir a tua voz serena e
Beijar a tua boca

Mas eu olho no espelho
E vejo o que não quero
Um mundo paralelo
Onde tudo é igual
Ao mundo real

Não deveria ser assim
Você deveria acreditar em mim
Só por uma noite, só por um momento
Me livrar deste tormento
De te ver e não te ter
Te falar e não te ouvir
Te amar sem te abraçar
Te amar e me ferir
Até quando vai ser assim
Até quando não vai olhar pra mim
Meu amor...


Abraço. Boa leitura.

24 de agosto de 2009

Doce Encanto

Doce Encanto


Estou tão encantado que não sei o que fazer
Você ali parada encarando aquelas flores
Queria lhe falar mas não sei como te dizer
Somos tão parecidos, até com mesmas dores

Porque você está tão triste por favor me diz
Eu só queria saber o que eu podia fazer
Eu só queria saber como deixar você feliz
Sorria, mostra a língua pra mim ver

Eu amo esse seu jeito de ser é tão maravilhoso
Imagino como seria, será que seria diferente?
O seu espírito que você diz é tão orgulhoso
E o meu que eu não conheço perfeitamente

Porque você está tão triste por favor me diz
Eu só queria saber o que eu podia fazer
Eu só queria saber como deixar você feliz
Sorria, mostra a língua pra mim ver

Eu quando olho pra você me esqueço de tudo
O seu encanto é muito grande e muito belo
Perco meus sentidos, fico cego, surdo e mudo
Só te ofereço o meu amor singelo, singelo
Eu só queria saber como deixar você feliz
Sorria, mostra a língua pra mim ver
Vem e me diz, me ensina a viver...


Abraço. Boa leitura.

23 de agosto de 2009

Amo você

Amo você

Amo seu sorriso
perfeito
Amo esse seu jeito
sem jeito

Amo você
não mais que a mim
mas sem você
o que seria de mim?

Abraço. Boa leitura.

22 de agosto de 2009

Esquecimento

Esquecimento

Eu cheguei
Saí de fininho
Quando se deu conta
Ultimamente
Eu estava sozinho
Sem teto
Sem verso
Apenas sozinho

Havia dor
Uma dor forte
Mas não era minha
Bastava olhar
E todos saberiam
Rezei por você
Tanto que queria
O seu coração

21 de agosto de 2009

Música Colorida

Música Colorida

Não se iluda minha amiga
Não se perca nessa vida
Pássaros não voam sem asas
Paredes não fazem uma casa

Não se engane minha amiga
Há coisas boas nessas vida
Não há amor que seja algoz
Mas amores que passam por nós

Rosas e vinho tinto
(E música colorida)
Entre sorrisos eu sinto
Um novo aflorar de vida

Não olhe pra trás minha amiga
A estrada é longa nessa vida
Siga o arco-íris na estrada
E lá te esperarei minha amada


Abraço. Boa leitura.

20 de agosto de 2009

Respire a liberdade

Respire a Liberdade

Arrebente o saco
que te sufoca..

Respire..

Arrebente as correntes
que te prendem..

Liberte-se..

Abraço. Boa leitura.

18 de agosto de 2009

Copiando a irmã

Atenção! O texto abaixo é uma cópia não autorizada!

Quem escreveu foi minha irmã do coração. E eu gostei, ficou parecido com o que eu penso.


Só pensamentos

São dificuldades todos os dias, cuidados com amores,

Com família, e comigo?
Às vezes penso a quem pedirei abrigo
Ou é melhor me refugiar em mim?

É o risco que fica, mesmo quando apagado
Esse papel que a vida a gente escreve
E escolhe entre o certo e o errado,
Entre o sim e o não.
Entre o amor e a solidão.

E eu fico com o amor,
Porque apesar de toda dor,
É quem me traz à razão.

Natália Louise

Sorte de hoje

"Caminhando contro o vento, sem lenço, sem documento", sábio Caetano, me pergunto de onde ele tirou essa letra, não só ela mas tantas outras que facilmente se traduzem nos caminhos de muita gente por esse mundo. Mas não vou falar do Caetano e suas letras, a idéia hoje é falar de uma coisa que de vez em quando me assusta: as "sorte de hoje" do Orkut.

Por vezes são só besteira, mas outras nem tanto. Sempre me pergunto se é mera coincidência ou se é algum tipo de força oculta que se manifesta dessa forma, não é ironia, de verdade fico assustado com algumas "coincidências".

Mas e o que é mesmo sorte? A verdade é que a sorte é um produto do caos, da aleatoriedade, ou mais humanamente falando, sorte e acaso são a mesmíssima coisa.

E nesse acaso caótico que coisas de dar arrepio acontecem, o Orkut, por vezes, nos dá lições de moral, nos dá motivação, ou simplesmente nos assusta com a tal "sorte de hoje".

Como sempre, as palavras ficam mal-organizadas e sempénemcabeça, mas dá pra tirar algum proveito. Termino citando a composição de Sérgio Britto, dos Titãs: "O acaso vai me proteger, enquanto eu andar distraído". E faço uma pergunta pra encerrar: mas e se eu não "andar distraído"?

Abraço. Boa leitura.

11 de agosto de 2009

Ganhar ou ganhar?

Mais um conto do meu "baú sempénemcabeça". Divirtam-se mais uma vez.

Ganhar ou ganhar?

Ele olhou pela janela do quarto, viu o sol se nascendo. E um filme de sua vida passou diante de seus olhos, tudo que ele desejara a vida inteira era apenas ser livre. Livre do mundo, livre no mundo, livre de dores, de angústias, livre de certos vícios, e de certas virtudes. Naquele momento tinha certeza que não estava arrependido de nenhuma das coisas que tinha feito, das escolhas que tinha tomado, dos caminhos que tinha seguido.

Mas uma dúvida que jamais sanaria ainda o incomodava: quem ele era ou quem ele poderia ter sido, qual o melhor que ele pudera ser? Não importava o quanto ele estava bem naquele momento, e o quanto ele poderia estar mal, mesmo sem estar arrependido ele estava atormentado.

Mas o que ele poderia ter mais? Já tinha o emprego que sempre sonhou, já era dono dos próprios caminhos, já havia realizado quase tudo que sempre desejara com intensa paixão durante a vida inteira. É isso mesmo, paixão pelos sonhos e por fazê-los se tornarem reais, essa paixão o havia movido a vida inteira, por caminhos hora sinuosos, hora cheios de pedras, hora linhas retas e fáceis de seguir.

Mas de nada adiantaria, o seu tormento existiria da mesma forma, muito embora pudesse ser pior. Não importava como tinha seguido sua vida, a dúvida de ter escolhido o outro lado da moeda iria sempre incomodá-lo.

De repente, uma leve garoa começou a cair, mesmo com o céu claro, limpo e ensolarado. O resultado foi um arco-íris incrível, que ele jamais havia vislumbrado antes, e que trouxe consigo uma doce lembrança. E então ele parou, era como se todo o tormento de sua vida tivesse simplesmente deixado de existir. Finalmente, ele pode perceber que, de fato, tudo pode ser, percebeu que não havia escolha "certa" ou "errada", era uma escolha, mas era ganhar ou ganhar.

Virou-se para o quarto, e observou atentamente sua esposa, enquanto uma lágrima suavemente cruzava o seu rosto. E naquele instante arrependia-se verdadeiramente pela primeira vez em sua vida. Percebera que jamais deveria ter pensado tanto naquilo que o atormentava, pois esse tormento sim havia arruínado sua vida. Não se tratava de ser melhor ou pior, se tratava de querer agradar a gregos e tróianos, e todos sabemos que isso não é possível.

Deitou-se na cama ao lado da esposa, abraçou-a e com ambos despidos sentiu o calor de seu corpo junto ao dela, a sensação que outrora temeu jamais sentir de novo, agora simplesmente o fazia sentir-se invunerável. E muito embora não se tratasse disso, sabia que agora estaria preparado para tudo que pudesse acontecer, e que tudo poderia acontecer.

Abraço. Boa leitura.

8 de agosto de 2009

Sorrir

Sorrir

Quando não houver mais lágrimas, sorria.
Quando não houver mais tristeza, sorria.
Quando não houver mais dor, sorria.
Quando não houver mais solidão, sorria.

Sorria sempre,
esqueça as lágrimas,
esqueça as tristezas,
esqueça as dores,
esqueça a solidão,
só sorria.


Abraço. Boa Leitura.

7 de agosto de 2009

Respostas

Há muito tempo não coloco um conto aqui. Por hoje, tem algo interessante. Divirtam-se.



Respostas...


Não havendo mais nada que pudesse fazer, sem conseguir pensar em nada que pudesse acalmá-lo, ele saiu na varanda do seu apartamento e olhando o mundo do décimo terceiro andar levou a mão ao bolso e retirou mais um cigarro. Enquanto sentia a fumaça entrar e sair em seu pulmão, pensou em infinitas possibilidades, pensou em qual o sentido de tudo que acontecia e, ao terminar o cigarro, observou enquanto o filtro caia do alto até o chão da rua.

Fechou os olhos e ouviu atentamente enquanto as gotas do sereno tocavam cada superfície ao seu redor, mesmo com o vento forte daquela altura, era mais fácil ouvir dali do que do térreo. Sentiu os olhos marejarem e os abriu, deixando que uma lágrima solitária e quente percorresse todo o seu rosto. Olhou para trás e se perguntou quem era, e não encontrou a resposta.
Seria melhor se o tempo tivesse parado, se as escolhas nunca tivessem sido necessárias, mas dessa forma não teria vivido, não teria nada para contar. Sorriu e voltou a sua cama. Olhou para a escrivaninha, para os porta-retratos. Em cada um deles uma lembrança feliz, e quando somadas todas as lembranças, um vazio e uma tristeza sem fim apertando-lhe o peito.

Fechou os olhos, desejou dormir, mas não conseguiu. Levantou-se foi até o bar, pegou um de seus uísques preferidos, encheu um copo e bebeu sentido o gosto quente, amargo e saboroso ao mesmo tempo. Sentia que estava bebendo o néctar dos deuses, a única coisa que conseguia lhe trazer alguma paz durante toda a vida, uma maldita bebida, algo que sempre lhe dera prazer, mas agora apenas aliava as dores intermináveis que assombravam sua alma.

Nunca desejara não sentir tais dores, nunca se arrependera por ter cometido tantos erros. Mas sempre tomava alguns goles para aliviar as dores e arrepender-se por uns instantes. No fundo sentia saudades da vida que nunca tivera, sentia saudades de tudo que poderia ter se tornado. Sentia saudades de alguém que nunca existiu de fato, de alguém que sempre quis ser.

O dia estava amanhecendo os primeiros raios de sol já atingiam a varanda, olhou para o criado mudo desejando que ele falasse algo, sentou na cama e começou a colocar as botas, depois vestiu sua camisa, colocou os coldres, pegou suas pistolas, colocou o paletó por cima, apanhou sua insígnia, as chaves do quarto e desceu ao lobby do prédio. No saguão foi cumprimentado por algumas pessoas que chegavam de alguma festa, foi até a recepção tomou uns goles de café com o porteiro, acendeu um cigarro em seguida e dirigiu-se ao estacionamento. Começava mais um dia de trabalho, trabalho sem sentido, o sonho que sempre tivera, mas que de fato nunca vivera.


Abraço. Boa Leitura.

4 de agosto de 2009

Insônia: o Estágio para a Loucura

Chega a madrugada fria mais uma vez, e me perco por essas linhas mal escritas, e pouco lidas é verdade. Agradeço a todos que perdem tempo vindo aqui e lendo um pouco do que escrevo. Ultimamente tenho escrito nas madrugadas, frases sem sujeito, poesias sem rima, coisas que já não surtem mais efeito. Mas é que não tenho muito sono, por um motivo ou outro, alguns chamam isso de insônia, eu chamo de estágio para a loucura.

Parafraseando Cazuza e Frejat, a insônia nos convence diaramente que o céu faz tudo ficar infinito. Mas se não dormimos, como podemos sonhar?

Porque sonhar e viver são quase a mesma coisa, vivemos porque sonhamos, e sonhamos porque vivemos. Só há uma única diferença, vivemos de olhos abertos.

Noites de sono perdido, noites de insônia, noites sem sonhos. São noites frias, escuras e solitárias. São noites sem céu.

O poeta precisa da noite, para sonhar, para ter seus devaneios, para ser um pouco lunático, afinal, costumam dizer que alguém é "de lua" quando esse alguém é meio "louco".

As palavras como sempre são escassas ou sem sentido, termino citando Goethe, termino torcendo para conseguir encostar a cabeça no travesseiro e ter bons sonhos. "Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor."

Abraço. Boa leitura.

P.S.: Qualquer semelhança do título com o "Elogio da Loucura", de Erasmo de Rotterdam, não é mera coincidência.

Texto revisado: Cláudia Brito :)

3 de agosto de 2009

Licença Poética

Olá a todos, mais uma vez estou aqui trazendo as palavras nem sempre claras e, ocasionalmente, desajeitadas. Na verdade hoje eu queria escrever, simplesmente por estar com vontade, queria escrever qualquer bobagem. Preciso confessar que não tenho nada em mente para escrever, por isso estou enrolando um pouco, enquanto penso.

Sabem aquelas músicas da nossa infância - isso para quem é da minha geração -, tipo Balão Mágico, Xuxa, entre outras que me fogem à lembrança? Pois é, naquele tempo as crianças ouviam algo com significado e hoje em dia até a Xuxa canta: "Cinco macaquinhos pulavam na cama, um caiu com a cabeça no chão...".

Sinceramente prefiro quando ela cantava algo como: "Tudo pode ser, se quiser será, o sonho sempre vem pra quem sonhar. Tudo pode ser, só basta acreditar, tudo que tiver de ser, será". Quando a gente era criança, talvez nem parasse para pensar nisso, embora muitas vezes acreditássemos nessas palavras sem ao menos perceber.

O tempo passa, a gente cresce, e a maioria de nós deseja não ter crescido. Isso se chama saudade da infância. É aí que quando ouvimos isso de novo, paramos e pensamos um pouco no significado dessas palavras. Não sei precisar ao certo se é possível acreditar de verdade nisso depois que viramos "gente grande". Mas é bem verdade que a vida nos prega algumas peças, ou nos dá certas lições, que nos lembram realmente que tudo pode ser.

Só não entendi ainda o porquê do título da postagem, mas talvez seja isso mesmo, licença poética. Agora há pouco fiz uma rima em inglês que achei legal.

You don't have to hide your face
You don't have to hide when sunrise
You must not fall on disgrace
But you need to make your choice wise

Traduzindo para que não tenham o trabalho de traduzir, acho que não vai rimar, mas e daí?!

Você não tem que esconder seu rosto
Você não tem que se esconder ao amanhecer
Você não deve cair em desgraça
Mas você tem que fazer sua escolha sábia

Dava até pra fazer uma rima adaptada.

Você não tem que esconder sua graça
Você não tem que se esconder ao amanhecer
Você não dever cair em desgraça
Mas você tem que fazer sua escolha valer

No mais, por hoje é só.

Abraço. E boa leitura.


Revisão: Cláudia Brito =) Boa leitura.