E o que é mesmo a guerra? Sem muitas especialidades, é possível ser sintético e dizer que a guerra é quando homens matam homens. O assassinato é um ato de guerra, sem dúvida o mais característico de todos. Talvez por isso, e numa tentativa vã de cessar com as guerras, as religiões cristãs tenham posto através de seus profetas um mandamento específico: “Não matarás”.
A guerra não é um meio para outro fim se não para a própria guerra.
Poder, dinheiro, petróleo, territórios, entre outras coisas são usadas como pretextos para que os homens possam perpetuar a guerra. Os homens precisam de guerras, tanto quanto precisam de paz, só que precisam estar em guerra para estarem em paz. A paz sozinha não é o bastante para a natureza humana, a paz sozinha é inconcebível.
A história nos faz crer que ao fim de uma guerra todos os lados saem derrotados de alguma forma, mas enquanto a guerra está acontecendo alguém está vencendo, ainda que momentaneamente. É esse, talvez, o mais claro sinal de que o homem precisa da guerra, reconhecer que ao fim de uma guerra todos perdem.
Com todas as suas mazelas e riscos, a grande diferença – e talvez a única – entre a paz e a guerra, é que na paz homens não matam homens.
Mas homens continuam a morrer. Fome, doenças, acidentes ou o próprio tempo fazem na paz, o que o homem faz na guerra. A paz nada mais é que a guerra sem seu ato mais característico. E então me lembro de uma passagem em latim: “Si vis pacem, para bellum”. Se queres paz, prepara-te para guerra!
Abraço. Boa leitura.