31 de julho de 2010

Dick Esquerdista

Não sei porque as pessoas ainda perdem tempo discutindo esquerda e direita. Liberalismo e socialismo. Marx, Lênin, Stálin, Fidel e por aí vai, afinal todos eles são - assim como nós - grandissíssimos idiotas. Afinal dependem do fracasso dos outros para terem sucesso.

Depender do fracasso dos outros para ter sucesso, é algo que nos lembra o Dick Vigarista, personagem de desenho animado. Sejam homens, criem o próprio sucesso, cresçam e mudem, de fato, o mundo. É fácil criar o "caminho da felicidade" em um escritório rodeado do pensamento das mentes mais brilhantes da história da humanidade. Mas isso é cretino, é medíocre.

Olhemos pro Chico Buarque, inquestionavelmente um artista, um grande poeta, um músico de qualidade, mas no fundo um babaca. Nasceu no Rio e cresceu num berço de ouro enquanto o pai dirigia o Museu do Ipiranga, em São Paulo. Ele deveria parar de falar bobagens sobre caridade, ou deixar de cobrar altos cachês em suas apresentações.

Nos finais de semana, eles reúnem-se para encher a cara, um bom vinho de alguns milhares ou um scotch de primeira. Falam mal até de quem já morreu, sem pudor algum. Depois, quem sabe, uma pulada de cerca com uma prostituta de quinta, daqueles que não sabe quem são e não vai chantageá-los no futuro. Afinal, chantagem é coisa da direita. E no fim, ainda podem acabar dizendo pra ela lutar pela profissionalização das putas e o reconhecimento dos puteiros como lugar de trabalho.

É, como disse Bob Fields, na definição mais brilhante que já vi da elite intelequitual de esquerda. "É divertidíssima a esquizofrênia de nossos artistas e intelectuais de esquerda: admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o capitaslismo sabe dar: bons cachês em moeda forte, ausência de censura e consumismo burguês. Tratam-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola".


Abraço. Boa leitura.

24 de julho de 2010

"Uma Mente Brilhante"

Miguel estava cansado da rotina, estava cansado das mesmas conversas sem sal de sempre, o mundo girava e ele continuava no mesmo lugar. Até que um dia, sem esperar ele teve uma conversa que se não mudasse o rumo de suas escolhas, pelo menos deveria. Passara um ano desde que ele conhecera uma das poucas pessoas que ele poderia incluir num seleto rol de amigos, era Sofia.

E ela listou em uma conversa, quase que pública, inúmeras qualidades de Miguel, qualidades que poucos eram capazes de enxergar, e menos ainda de reconhecer. Segundo ela, ele estava muito à frente de todos ao seu redor. Era uma mente quase inigualável, capaz de fazer qualquer coisa como em um simples truque de mágica.

Sofia lhe jogou na cara que o marasmo em que estava sua vida era culpa, única e exclusiva, do próprio Miguel. Ele era senhor de suas escolhas, e elas definiam quem ele realmente se tornava. Para Sofia, Miguel tinha em si o poder de mudar o mundo, de tornar reias todas as suas vontades, só precisava desejar isso. E seguir em frente.

Dias depois ele saiu pelas ruas da cidade, como sempre procurando por respostas, como sempre pensando em Luiza. Olhava as pessoas ao seu redor, queimava o amigo de filtro vermelho. Pensava, e pensava. E subitamente lhe veio em mente o que Sofia lhe jogara na cara no outro dia. E ele viu que ela tinha razão.

Mas ele não sabia por onde começar. Voltou pra casa, encostou no travesseiro e fechou os olhos, novamente, buscando respostas.


Abraço. Boa leitura.

13 de julho de 2010

Causa Mortis: Dunga

Futebol razoável, aos trancos e barrancos, deslumbres momentâneos da verdadeira identidade do futebol brasileiro. O que para muitos foi motivo de decepção, de lágrimas, de tristeza, para mim foi apenas a confirmação de um trabalho nebuloso, vencedor da Copa América, Copa das Confederações e classificado em primeiro lugar nas Eliminatórias Sulamericanas para a Copa do Mundo.

Cheio de resultados positivos em 60 jogos, mas sempre resultados provenientes não da majestade a que faz jus o futebol brasileiro, mas do destaque individual de alguns jogadores. Ora Adriano, ora Kaká, ora Robinho, ora Luiz Fabiano, mas nunca um destaque coletivo com dedo do técnico(?). Esse é o retrato da "era Dunga".

A deprimente derrota para a Holanda e o despreparo emocional apresentado pela seleção brasileira são o espelho de um pseudo-técnico que em quatro anos passou de técnico aspirante e inexperiente a oficial nazista, autoritário e arrogante. Foi orgulhoso e barrou Ronaldinho Gaúcho e Paulo Henrique Ganso. Levou Kléberson e Júlio Baptista para que eles assistissem os jogos da beira do gramado ao invés de ver pela televisão.

Dunga não foi linha dura, como se diz no futebol, ele foi além disso. Agrediu a imprensa, inclusive a toda-poderosa Globo. E nem a Globo, enquanto maior órgão de comunicação do país e carregada de mazelas merece ser agredida. O Brasil foi à Copa com formulário de óbito em mãos apenas com a data a preencher, lá estava escrito: "Causa Mortis: Dunga".


Abraço. Boa leitura.