20 de março de 2010

Um Trago de Verdade

Hoje é não é um dia normal. Agora não é uma hora alegre. Talvez antes pudesse ter sido hoje, talvez hoje pudesse ser depois. Talvez nunca. Talvez, talvez, talvez...

Parafraseando Belchior, te digo que minha dor é descobrir que apesar de termos dito tudo o que dissemos ainda somos os mesmos. E sem paráfrase, é verdade, viver é melhor que sonhar. E só concordo, porque quando acordamos - como agora o fiz - somos tomados pela raiva não de outrem, mas de nós mesmos.

Mas como eu pude esquecer, como pude deixar passar justamente o que eu mais acredito, sem respeito algum, o que eu te falo, o que você me fala, são só palavras.

Nunca esperar nada, eu preciso aprender a conviver com essa idéia.

E amanhã, quando tocar o telefone, ou quando subir a janela no canto do monitor, ou ainda quando o carteiro me trouxer uma carta. Eu serei o mesmo cara de antes, continuarei a viver como se nada tivesse acontecido e a raiva de agora já vai ter passado.

O motivo é simples: é assim que são os bobos. E é por isso que eu costumo não gostar de ser chamado de bobo. Salvo raras exceções, quem nos chama de bobo, nos faz de bobo.


Passar bem.

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