3 de outubro de 2011

A Nova Guerra Social

Uma guerra começou no nosso país, uma guerra silenciosa e que pode ter consequências inimagináveis. Não começou agora, mas só agora enxergo claramente. E graças a um certo tipo de notícia que tem se repetido nas manchetes de jornal pelo Brasil inteiro.

De repente virou notícia de suma importância destacar a condição financeira de quem comete uma violação legal, agora é preciso taxar se o acusado é rico ou pobre, como se isso fosse agravante ou atenuante da situação.

O que se passa é que uma nova forma de instigação social, qual seja colocar pobres e ricos como inimigos, adversários ferrenhos, foi implantada pelo Partido dos Trabalhadores no último pleito, era o "Serra defensor dos ricos" e a "Dilma salvadora dos pobres". O fato é que a campanha passou, mas a rivalidade entre pobres e ricos só começou.

E começou de uma forma que gera ódio entre as pessoas. Me pergunto se isso é mesmo correto: odiar alguém pela sua condição social? Tenham dó, talvez os mais abastados tenham feito pouco caso da miséria alheia ao longo da nossa história, assim como os nossos miseráveis sempre se contentaram com esmolas históricas do governo da famosa "Emergência" das secas nordestinas ao globalizado mecanismo de cooptação eleitoral em que se transformou o Bolsa-Família.

Enquanto estudante de Direito me preocupo com a proporção que isso pode tomar na esfera legal, afinal fianças estratosféricas não eram comuns em nosso país até bem pouco tempo atrás. "É uma forma de deixar a justiça mais igual", alguém pode dizer. Entendi, tratar diferente para tornar igual.

Isso me lembra uma música de Engenheiros: "Todos iguais, tão desiguais, mas uns mais iguais que outros..."


Abraço. Boa leitura.

Um comentário:

Anônimo disse...

Palavras sem nexo de um PMDBista que tem um cargo arranjado as cegas na cidade de Currais Novos...