17 de julho de 2012

Propaganda é Alma do Negócio

Entra governo, sai governo e os problemas são os mesmos. Todos sabem o que não foi feito e o que precisa ser feito, verdade? Nem tanto. Defendo que o que um governo faz, ou deixa de fazer está íntima e diretamente ligado à sua disposição em gastar em propaganda. Aliás, em publicidade.

Publicidade, se levarmos em conta a ideia de que devemos preservar o patrimônio público e a qualidade do mesmo, não é, nem de longe, investimento. É, em verdade, um gasto extremamente oneroso e deveras desnecessário. Isso se pensarmos como deve pensar um gestor público que se preze.

No plano teórico, saúde, educação, segurança, entre outras atividades deveriam ser o termômetro de uma boa administração. Os políticos, no entanto, aprenderam que não precisam fazer tanto, precisam, sim, de pequenos feitos com um ar de grandiosidade e transformados em grandes ações por algum publicitário que esteja em alta.

E ainda, alguns mais sábios – e mais desprovidos de caráter –, resolvem investir no "mercado negro" da publicidade, usam contratos vultosos com os grandes meios de comunicação para silenciá-los sobre suas deficiências, para que não chegue aos ouvidos daqueles que pouco, ou nada, têm de informação disponível.

Um exemplo na moda é o silêncio dos grandes canais de comunicação sobre a greve no serviço público federal que atinge mais de 40 setores e não merece sequer um canto de rodapé no Jornal Nacional. "Espere!", grita um amigo. "O Bonner falou que Dilma vai cortar o ponto dos grevistas". Parece que a toda poderosa Globo – que por muito tempo foi taxada como "uma emissora à serviço da direita" – se rendeu aos deleites da esquerda – ou teria à esquerda se rendido aos deleites da direita?

Bem amigos, a verdade é que não há, na história desse país, um governo bom ou ruim. O sucesso do governo, qualquer que seja, se mede na proporção em que ele pode pagar publicidade.

Abraço. Boa leitura.

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