31 de janeiro de 2009

Fogos de Artifício

Sentimentos são como fogos de artifício. Alguns são muito belos, coloridos e brilhantes, enquanto outros podem queimar. Permanecem lá, esperando que alguém venha acendê-los, para depois explodir e iluminar o céu, ou para brilhar e machucar em seguida, ou só machucar. Depois da grande explosão, depois de aquecer alguns corações ele some, porém, pode permanecer para sempre em nossa memória e iluminar nosso céu a cada dia que lembramos deste, a cada dia que precisarmos. Ele pode também permanecer em nossa lembrança através da dor, como um machucado que custa a ser curado. No fim, surgirão outros, e outras pessoas para acendê-los, mas, para sempre lembraremos dos mais belos e felizes.

Esse texto não é meu, nem da minha companheira de blog. Mas é de alguém muito especial e eu achei de valia colocá-lo aqui. Eu gosto dele, é bonito, é sincero, é real, pelo menos um pouco.

Abraço. Boa leitura.

24 de janeiro de 2009

Sobre o escrever...

Então, agora tenho a dificil missão de assumir este blog. Dificil missão mesmo, tentar substituir Fahad é realmente coisa de louco, e é exatamente isso que eu sou. Depois de muita insistência (muita mesmo!) ele conseguiu fazer com que eu tentasse escrever algo. Na verdade me sinto insegura, e nunca gosto das coisas que eu escrevo, tenho o terrivel hábito de achar que eu nunca sou boa o suficiente. Mas depois de tanta insistência, eu acabei aceitando o convite desse meu amigo teimoso. Mas aí veio a dúvida: escrever sobre o que? Eu realmente não tinha ideias. Daí me ocorreu escrever sobre isso, escrever sobre o escrever. E então eu pergunto: o que é escrever? Que dificuldade é essa que eu encontro nesse simples ato? (será simples mesmo?!) talvez escrever não seja nada mais do que desenhar com as palavras, ou pegá-las no ar e colar aqui, colar num livro. Ou tornar concreto seus pensamentos, ou afagar ideias, ou desabafar, ou aliviar. E eu pergunto... o que é escrever? que arte é essa capaz de causar as mais belas sensações no alguém que ler? que arte é essa? alguém aí sabe me responder?

Boa leitura.
Abraço, Cláudia Patrícia.

8 de janeiro de 2009

Começo, meio ou fim?

Bem, já que a frase do mês é de um dos homens que concebeu a "liberdade moderna", por assim dizer. Vou citar uma outra frase de John E. E. Dalberg Acton, ou simplesmente Lord Acton. Mais uma sobre o poder, mas desta vez também sobre liberdade: "A liberdade não é um meio para um fim político mais elevado; ela é em si mesma o mais elevado fim político".

Nos resta questionar se nossos políticos sabem disso.

Afinal, o que é concebido como política? Vamos ao dicionário então para ver o que ele diz:

"Política

do Gr. politiké


s. f.,
ciência do governo das nações;
arte de dirigir as relações entre os Estados;
princípios que orientam a atitude administrativa de um governo;
conjunto de objetivos que servem de base à planificação de uma ou mais atividades;

fig.,
astúcia;
maneira hábil de agir;
civilidade." (grifos nossos)

Mas, questionando o dicionário um pouco, não seriam todas e quaisquer relações entre os indivíduos uma forma de política? Afinal as relações entre as pessoas semprem visam interesse em alguma coisa, nada acontece sem um interesse por trás, pelo menos não normalmente, as chamadas segundas intenções quase sempre existem, e são muitas vezes perigosas.

E há quem use a liberdade como um meio de se promover política, ou ainda de se auto-promover. Mas esquecendo-se justamente do que Lord Acton fala sobre a mesma, isso porque se voltarmos um pouco no tempo, as grandes reviravoltas na história da humanidade não foram alcançadas porque os homens eram livres, mas porque ansiavam sê-lo.

E quando há confusão entre fim e começo, começo e fim, aí sim é que percebemos que a liberdade não é só um fim político, mas também a base de toda a política (mas isso contradiz Lord Acton e transforma em um meio, certo?), é através dela e por causa dela que as pessoas foram capazes de encontrar meios para se "fazer política", seja qual for a política. Mas é então que chegamos numa outra pergunta: quais os meios para se alcançar a liberdade?

Politicamente falando, historicamente também, e ainda muito curiosamente, a corrupção é uma ferramenta bastante eficaz para alcançar a liberdade como fim político. Exemplos não faltam, desde o Egito, passando por Grécia e Roma, correndo nos borrões da história Cristã, chegando no seio da civilização Pré-Revolução Industrial, a Revolução Gloriosa, a Revolução Francesa, poderia passar o resto do dia citando tais eventos, que aconteceram mantidos por uma simbiose com a corrupção que inundou-os mesmo oculta sob a bandeira da liberdade.

Hoje em dia não é diferente, há casos recentes como as "guerras pela paz" promovidas recentemente por alguns governos ao redor do mundo. Si vis pacem, para bellum. Se queres paz, prepara a guerra. Lutam pelo que? Buscam o que? A paz? Que paz? Ser livre? Como se isso fosse realmente possível, ou passível de existência, sob a bandeira da guerra.

Abraço. Boa leitura.

Revisão: Revisora chegou! =D Cláudia Patrícia.

5 de janeiro de 2009

Quando somos livres?

Primeiro post de 2009. E já traz a cara nova do blog. Hoje sem imagem. Mas vou citar alguém pra começar, de certa forma duas. Há alguns anos, um professor meu de Português (saudades das suas aulas Cloacir) nos passou uma proposta de redação, e foi dele que ouvi pela primeira vez estas palavras de Renato Russo, que deveriam ser o tema da redação, é um trecho da música L'Aventura, de Legião Urbana: "Quem pensa por si mesmo é livre, e ser livre é coisa muito séria".

E a pergunta que fica é: quando somos livres?

Livre ou libertino? Liberdade ou libertinagem? Essas palavras transmitem conceitos abstratos e que, no fundo, talvez não sejamos capazes de estabelecer uma diferença notável ou um limiar. Hoje enxergo um pouco diferente da visão do Renato, vejo ser livre não como algo sério, mas justamente o contrário disso. Vejo a liberdade (se é que isso existe) como algo totalmente desprovido de regras, não há uma regra para ser livre, simplesmente se é.

Não quero dar uma conotação anárquica à liberdade, isso seria no mínimo libertino (e eu fazendo uso concreto dos termos que disse serem de significado abstrato). Mas somos livres, para fazermos o que bem entendemos, ou pelo menos assim deveria ser, com um mínimo de bom senso, o que não quer dizer que isso aconteceria por via de regras. Afinal, se sujeitar a regulamentos ou leis é privar-se de certa liberdade, ou não? E creio que a liberdade tem que ser total e irrestrita.

Então, ser livre não é sério. Sério é ser livre e cumprir todas regras, aliás não é sério, é entediante. Esperem, com ênfase, não é ser livre. Assim como Julián Marías disse que "qualquer escolha é também uma exclusão", toda regra é também uma prisão. Então não basta ser livre sendo sério, acho que precisamos apenas pensar por nós mesmos, e assim seremos livres. Sem essa de regras e regras.

Abraço. Boa leitura.


Revisão: Cláudia Patrícia.