30 de junho de 2010

Às Cinzas de São João

Eis que ele sentou à luz da lua e ao calor das cinzas de uma ex-fogueira de São João e começou a pensar nela. Pela primeira vez teve medo, temia nunca vê-la. Mais que isso, temia que tudo não passasse de sonhos, e sonhos.

Encostou um cigarro numa das cinzas aquecendo-o até que ele começasse a queimar, e fumou para espantar o frio que o abatia mesmo bem próximo do calor das cinzas. O seu pensamento era um só.

Olhou para o céu cheio de estrelas e tentou juntá-las de forma que escrevessem o nome dela, conseguiu. O que lhe arrancou um sorriso tímido, levantou-se e saiu caminhando pela fazenda se distanciando das pessoas que estavam em povorosa por ali comemorando a noite de São João.

Ficou se perguntando onde ela poderia estar, ou o que poderia estar fazendo. Queria que ela também estivesse pensando nele, mas sabia que era uma coincidência que já acontecera antes, teimou consigo e mesmo assim acreditou.


Abraço. Boa leitura.

Nenhum comentário: