28 de setembro de 2009

Do que você gosta?

É caríssimos amigos que perdem seu precioso tempo lendo as palavras desse, muitas vezes cretino, escriba, estou de volta. E bem, a postagem de hoje, é mais uma daquelas que vai terminar num monte de coisas "sempénemcabeça", porque é o produto de retalhos de uma conversa que tive com uma pessoa muito legal há pouco, diga-se de passagem foi com alguém que realmente me surpreendeu pela forma de pensar. Se bem que, de uma certa forma, também faz parte de um pouco do momento em que estou passando, mesmo que a conversa não tenha sido com intenção de falar disso.

"- Do que você gosta?"

É comum perguntarmos isso a alguém quando acabamos de conhecer essa pessoa, música, livros, filmes, comida, e mais um monte de coisas que não preciso enumerar aqui, todo mundo sabe. As respostas, por mais diferentes que possam ser, acabam não seguindo um padrão, afinal cada um com seu gosto, cada um que goste do que te agrade, se bem que não tem como gostar de algo que não nos agrade, não é mesmo? Errado! Às vezes gostamos do que nos convém.

Mas, eu pelo menos paro quando ouço alguém falar que ouve Led Zeppelin. Me perdoem os demais, mas ouvir Led Zeppelin faz de uma pessoa alguém melhor (risos), não posso perder a piada pessoal, eu nunca perco. Se acostumem. Ou não. Se não gostarem da idéia de se acostumar.

Daí, vem alguém e diz que é legal conhecer pessoas que não são normais, mas eu sou "normal" ora essas, pelo menos no meu conceito sou alguém perfeitamente "normal". Bobagem, ser normal é mesmo chato, me lembro da primeira vez que me disseram que eu era misterioso, fiquei me sentindo. No normal não há mistério, não há novidades, é tudo monótono, sempre tudo do mesmo jeito. Mas daí adorar a loucura é um tanto quanto exagerado, mas é bom ser louco de vez em quando.

Mas não dá pra ser louco demais, porque as pessoas pensam diferente dos loucos, fazem julgamentos onde não existe direito de defesa. E é esse o problema: pensar. Nem todo mundo pensa. Sobre coisas básicas (risos), tipo: quem somos? Qual o porquê de tudo que nos cerca? Pensar nisso não é tão simples, gente que pensou nisso ocasionalmente teve três destinos possíveis: enlouqueceu; ficou famoso e recebeu o "título" de filósofo; ou ficou louco e virou filósofo (risos). As pessoas aceitam demais verdades absolutas, e nada é absoluto, creio que tudo é mutável, tudo tem seu tempo.

Mas e limites? É importante ter limites. Mas em que aspecto, particularmente acho que limitar o pensamento - ou um sentimento - nos leva a uma vida comum, e se queremos fugir do comum temos que ser diferentes. Os limites devem ficar para atitudes, atos em si. Cada situação, significados e atitudes diferentes, acho que é por aí. E somos nós, os donos das atitudes que ditamos quais são os limites, sem essa de padrões sociais que a maioria das pessoas segue como uma cartilha de escola que já faliu a muito tempo.

E somos nós os policiais de nós mesmos, estabelecemos os limites, e precisamos nos preocupar em obedecê-los. É quando, muitas vezes, obrigação e necessidade se confundem. É difícil admitir mas chega uma hora que temos a necessidade de estabelecer limites e se torna uma obrigação cumpri-los. Compromisso ou necessidade? Eu acho que é necessidade, o compromisso nos dá uma escolha, podemos desmarcar uma reunião, manter ou não a palavra, acho que parte de cada um, mas quando se é obrigado, não se tem escolha - ou tem, alguém já viu "O Advogado do Diabo"?

Se alguém conseguir tirar algum proveito disso tudo, eu vou começar a acreditar que estou ficando bom nisso de escrever.

Abraço. Boa leitura.


Texto revisado pela sempre furona e sem tempo: Cláudia Brito.
e para efeito de comentário... o texto sempénemcabeça ficou ótimo, uma outra conversa de botas batidas... com um outro personagem :)

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