10 de outubro de 2008

Cara ou Coroa?


Na imagem ao lado uma moeda está girando, e é o centro das atenções de uma pequena luz, fora do círculo de luz em que ela está apenas sombras, e quanto mais distante mais escuro, o que vai acontecer quando a moeda parar? Luz ou escuridão? Que lado da moeda estará para cima quando ela parar e cair? Pense rápido! Você tem metade das chances de acertar. Uma das mais belas probabilidades do universo, meio a meio. Afinal ambos têm as mesmas chances de ganhar e de perder.

Pois é, pode até não parecer, mas o jogo do "cara ou coroa" é o jogo mais justo, talvez o único justo, dentre todos que o homem criou ao longo dos tempos, porque não importa qual lado da moeda seja o escolhido, as suas chances de ganhar ou perder são iguais e nenhuma influência externa existe. Afinal até que a moeda pare, qualquer um dos lados pode estar para cima. O equilibrio do jogo é tão incrível que nós podemos fazer diversas comparações com outros jogos também entre duas pessoas, mas nenhum será tão imparcial e movido pelo acaso quanto um "cara ou coroa", a disputa entre dois lados da mesma moeda.

Mas, e em outros aspectos do cotidiano, onde podemos notar a disputa de dois lados da mesma moeda? E será que essa disputa é tão justa quanto em um "cara ou coroa"? É fácil encontrar respostas para essas perguntas, basta darmos uma rápida olhada na história da humanidade, nas disputas internas nas mais diversas culturas ao longo do tempo. E nós sempre vamos encontrar lugar comum, numa disputa entre o dominante e o dominado, dois lados de uma mesma moeda, a sociedade ou a nação, mas neste caso, ao contrário do "cara ou coroa", a disputa não é nem de longe justa, apesar de que está situação vem mudando nos últimos tempos.

Se remetermos às primeiras sociedades historicamente bem definidas, podemos notar que existiu sempre uma classe dominante, pessoas que impuseram suas vontades a ferro e fogo sobre uma classe dominada, pessoas que não tinham forças, ou mesmo vontade, de se ir contra tais vontades e que acabavam submetendo-se muitas vezes a atrocidades, como por exemplo as grandes lutas romanas entre gladiadores no coliseu. E mesmo quando essa classe dominada se opunha as vontades dos dominantes, e acabavam lutando contra os mesmos, ao fim da luta se eles tivessem sido bem sucedidos, uma nova classe dominante iria aparecer, e isso se perpetua até hoje.

Hoje podemos decidir quem colocar no poder, mas mudam as caras (ou coroas) e as atitudes continuam as mesmas. Há tempos que vem sendo assim, conservadores e liberais, escravocratas e abolicionistas, monarquistas e republicanos, esquerda e direita, são várias moedas do mesmo poder, várias moedas onde os dois lados no fundo são iguais, não existe "cara ou coroa", no fim o resultado não importa porque eles sempre são o lado da moeda que vai estar dominando, ou seja, nada justo.

Mas as coisas vêm mudando, e quem sabe um dia (e como eu quero estar vivo neste dia) a mudança acabe acontecendo de fato, e a moeda que tem os lados do dominante e do dominado, acabe trazendo um novo resultado, um resultado nunca visto em "cara ou coroa", afinal nesse caso o resultado mais justo seria um empate. Como dizem que tudo é possível, façamos façamos como disse o Conde de Monte Cristo: "O segredo é ter fé e esperar".

Boa leitura. Abraço.

2 comentários:

Cynthia Germanna disse...

O tempo passa e a única coisa que muda é o cenário, pois os atores são os mesmos.
Essa capitalismo "feladaputa" é o culpado dessa dominação do mais forte sobre o mais fraco.
Infelizmente nunca existirá um empate. Ou pelo menos situações mais justas.

Abrass fahad =)

Anônimo disse...

Eu concordo com o conde de monte cristo, porém em partes, pois acredito q esperar não vai mudar essa situação. Há sim formas de mudar isso, a educação, por exemplo.É claro q os resultados serão a longo prazo, mas se houver interesse...
Esse sim é o problema: a falta de interesse, o comodismo.
Países como a Alemanha e o Japão possuem realdades muito diferentes, ñ por serem países ricos (o rasil tb o é, a administração q ñ é boa),mas por investirem na formação de seus cidadãos. a própria população exige isso. Quem sabe se a população brasileira deixasse d c procupar com bolsa famíla e se preocupasse mais com oq as crianças aprendem (ou não) nas escolas. Escolheriam um bom governante para administrar nosso país, ou pelo menos cobrariam mais do que estiver no poder. Afinal vivemos numa democradia ñ é verdade? e se a voz do povo é a voz d Deus...então!!! Façamos valer a nossa vontade!!! é Isso q falta para q possa haver a mudança desse jogo, para q haja o equilíbrio. VONTADE!

É oq eu penso.