Acendeu um cigarro, chamou o garçom e pediu pra ouvir sua banda favorita. Bebeu o primeiro copo como quem acabara de encontrar um copo de água após um longo tempo no deserto. Cada música que ouvia o fazia lembrar dela. Especialmente do sorriso incrivelmente incrível.
Nunca se sentiu tão ansioso para encontrar alguém, mas os encontros e desencontros da vida já estavam o deixando irritado. Mais ainda por saber que, diferente do que haviam planejando e por um pequeno detalhe não acontecera, não sabia quando a encontraria novamente.
Ele nunca duvidou, por um segundo sequer, das palavras de Luiza. E enchia os olhos de lágrimas de alegria sempre que conversavam pelo telefone, ou nas raras vezes que ela respondia uma de suas cartas.
Mas a noite anterior foi diferente.
Eles conversaram um pouco, mas muito. Já era tarde, quase dia, quando eles terminaram de conversar. E no fim, ele dizia o que não queria dizer, mantinha-se firme para que ela não percebesse a voz trêmula no telefone, mas derramava lágrimas incontáveis.
Tinha certeza que estava agindo corretamente, não tinha o direito de exigir nada dela, no máximo um sorriso de vez em quando. Mas ele não dormiu naquela noite, chorou o quanto pode, e depois sentou na janela do décimo terceiro andar, bebendo e acompanhado do velho companheiro de filtro vermelho.
Mas ele ainda sonha...
Abraço. Boa leitura.
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