18 de maio de 2010

À Procura da Felicidade

Nos dias atuais boa parte das pessoas, usualmente, adotam a riqueza como um fator essencial para sermos felizes, e mal sabem essas pessoas que séculos antes de Cristo, na Grécia Antiga, o filósofo Aristóteles defendia que a felicidade - que ele chamou de "sumo bem" - dependia, e se assemelhava, muito mais da virtude - da ética - que da própria riqueza.

Não é possível negar que nos dias atuais, a riqueza seja, sim, um instrumento capaz de nos trazer os mais variados prazeres - e a falta dela os mais diversos sofrimentos. Todavia, tratar a riqueza como fonte única e inesgotável de prazer e felicidade, pensando como Aristóteles, seria no mínimo irresponsável. Tomando como exemplo a recente tragédia carioca, onde a chuva destruiu casas e muitas pessoas seguem desaparecidas, o sofrimento dos que perderam nada tem haver com a falta de riqueza, e asseguro que para quem tem um ente querido desaparecido, encontrá-lo seria muito mais prazeroso que ganhar na loteria.

Dona Olinda, possivelmente pobre, procura o marido Tião, mulato, pobre e feio, que com muito suor de pedreiro conseguiu erguer uma casinha no Morro do Bumba, a chuva levou a casa. Agora será possível imaginar a alegria do casal se ele estiver vivo e eles se reencontrarem? Pois é, a felicidade, aquela de Aristóteles, que talvez nem exista de fato, pode estar muito distante dos carros importados, das belas modelos em roupas de grife e de vultuosas quantias em dinheiro.


Abraço. Boa leitura.

Um comentário:

@febrandao disse...

será????

eu adoro tanto você