8 de maio de 2010

Carta

Mais uma daquelas cartas que nunca vão chegar?

Eu sinto sua falta, sinto muito sua falta. Sei lá, a sua presença tem diminuído, não consigo mais te encontrar como antes, as nossas conversas não estão mais como antes, alguma coisa mudou. E não sei o que foi.

Talvez - e eu espero que seja - eu esteja apenas tendo uma impressão errada, ou ainda as nossas obrigações e afazeres estejam nos tomando o tempo demasiadamente. Mas o fato é que eu tenho sentido sua falta continuamente, e como eu sempre te disse, no fundo, isso me incomoda. Eu pensei em sumir várias vezes, pensei em tentar enxergar como mera casualidade, daquelas que vêm e vão como ondas do mar, mas simplesmente não consegui, não consegui passar sequer um minuto pensando assim. Era como se eu estivesse baleado e tentasse remover a bala sem anestesia e sem uma bebida forte para aliviar a dor.

Estou numa fase em que tudo me irrita facilmente, principalmente se esse "tudo" for ligado a não te ter por perto. O seu professor de computação me irrita, aquele carinha que você vem ficando desde o Carnaval me irrita, a minha incapacidade de fazer qualquer coisa pra estar por perto me irrita, e até mesmos as perguntas que eu achei que fossem suas estão me irritando também.

Tenho convivido com isso, mas não tem sido fácil, e acho que ainda vai ficar pior.

Beijos.

Do seu, Miguel.

2 comentários:

Marcelo Mayer disse...

é... um cigarro e uma cerveja nunca fazem mal a ninguém nessas horas... na verdade, sempre! fica a dica!

Anônimo disse...

Tá vendo? Falou comigo um segundinho e já se inspirou.
=D
Te amo