Mais uma daquelas cartas que nunca vão chegar?
Eu sinto sua falta, sinto muito sua falta. Sei lá, a sua presença tem  diminuído, não consigo mais te encontrar como antes, as nossas conversas  não estão mais como antes, alguma coisa mudou. E não sei o que foi.
Talvez - e eu espero que seja - eu esteja apenas tendo uma impressão  errada, ou ainda as nossas obrigações e afazeres estejam nos tomando o  tempo demasiadamente. Mas o fato é que eu tenho sentido sua falta  continuamente, e como eu sempre te disse, no fundo, isso me incomoda. Eu  pensei em sumir várias vezes, pensei em tentar enxergar como mera  casualidade, daquelas que vêm e vão como ondas do mar, mas simplesmente  não consegui, não consegui passar sequer um minuto pensando assim. Era  como se eu estivesse baleado e tentasse remover a bala sem anestesia e  sem uma bebida forte para aliviar a dor.
Estou numa fase em que tudo me irrita facilmente, principalmente se esse  "tudo" for ligado a não te ter por perto. O seu professor de computação  me irrita, aquele carinha que você vem ficando desde o Carnaval me  irrita, a minha incapacidade de fazer qualquer coisa pra estar por perto  me irrita, e até mesmos as perguntas que eu achei que fossem suas estão  me irritando também.
Tenho convivido com isso, mas não tem sido fácil, e acho que ainda vai  ficar pior.
Beijos.
Do seu, Miguel.
2 comentários:
é... um cigarro e uma cerveja nunca fazem mal a ninguém nessas horas... na verdade, sempre! fica a dica!
Tá vendo? Falou comigo um segundinho e já se inspirou.
=D
Te amo
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