4 de janeiro de 2011

No Fim Venceu a Diversão...

Eu queria escrever algo sobre vencer, não consigo precisar o que seria, mas sei o motivo. Uma noite muito divertida com grandes amigos, um jogo divertido da época de infância e uma vitória heróica depois de quase nove horas de jogo e mais de 240 exércitos perdidos no último ataque - WAR ainda é muito divertido, muito mesmo, mas como diz o nome do jogo Rodrigo, guerra é guerra!

E é na guerra diária das responsabilidades que deixamos passar despercebido tantas coisas que achamos divertidas, que nos deixam felizes ou mesmo que nos irritam de uma forma saudável. Na correria de trabalho, faculdade e outras responsabilidades, mal paramos para dar uma boa gargalhada, os sorrisos de felicidade são raros, normalmente depois de uma prova ou em uma ocasião especial (leia-se: sentimental), e as irritações constantes não são nenhum pouco saudáveis. Mas felizmente alguém inventou as férias.

As férias para reencontrar com os amigos, as férias para passar a noite fazendo algo que nós fazíamos durante o dia quando éramos criança. As férias pra dormirmos de dia e passarmos a noite acordados. Tem um certo tédio em alguns momentos das férias, mas ainda assim, férias são sempre férias. É um período sem responsabilidades, embora não seja um período para sermos irresponsáveis, seria como confundir liberdade e libertinagem.

Ora, ora, se não seria de Renato Russo que eu me lembraria agora, a música é L'Aventura, quando o Renato diz que "quem pensa por si mesmo é livre, e ser livre é coisa muito séria" - acho que ouvi isso pela primeira numa aula de Cloacir. E ser livre como uma andorinha (não é a mesma coisa que a rolinha, Fernanda, olhei no pai dos burros) que voa para onde quer, realmente é algo muito sério, muita gente confunde liberdade com a libertinagem do Conde de Rochester, que foi além dos limites e encurtou sua vida.

Mas a vida é curta depois que a gente entra na universidade, responsabilidades, escolhas que decidirão nosso futuro e uma rotina assassina que faz o tempo passar mais rápido. E depois vem o trabalho, e com o salário as contas. E de repente estamos velhos, cansados e percebemos que a vida passou. Ficando só as lembranças de noites como a de hoje, com uma amiga que chorou de rir pra não morrer no jogo, de um amigo que saiu do jogo pra ir dormir e antes de ir passou mais de uma hora nos braços da amiga que morreu (eu percebi sua preguiça repentina seu Rilliam), da outra amiga que disse umas dez vezes que ia parar de jogar porque estava com azar (sem falar nos sucessivos putaquepariu, né Anelisa?) e do (melhor) amigo que entrou no meio do jogo e como sempre quis me atrapalhar, mas no fim, eu venci.

Venci? Que nada! Foi divertido demais para só eu ter vencido. Até porque, todos teremos as mesmas lembranças.


Abraço. Boa leitura.

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