5 de maio de 2011

E o País Pode Virar um Puteiro...

O Brasil é um país engraçado, alguns dizem que somos a maior democracia do mundo, mas democracia se mede em tamanho ou em qualidade? Outros dizem que somos a oitava economia do mundo, mesmo que praticamente um quinto da população esteja vivendo abaixo da linha de pobreza, é possível? Esses dois exemplos são apenas simples ilustrações da mentira que vivemos.

Mas hoje a nossa Corte Constitucional, o STF, que deve preservar e garantir o fiel cumprimento da da nossa Carta Magna resolveu brincar de legislar, pior que isso extrapolou todos os limites de sua competência e emendou a Constituição. O pretexto para tal golpe - e não vem outra palavra em mente - é o reconhecimento do casamento civil entre homossexuais.

E eu não vou a priori falar do fato em si - o reconhecimento -, mas da afronta que se faz ao Estado de Direito. Quando Montesquieu escreveu "O Espírito das Leis" e idealizou a ideia da tripartição dos poderes num sistema de pesos e contrapesos, ele jamais imaginou que algo assim pudesse acontecer. Embora o STF já viesse tendo essa mania feia de legislar, hoje ele resolveu emendar a Constituição, numa clara invaão à competência do Congresso Nacional.

Sobre o reconhecimento da união civil entre homossexuais, eu acho que há no mínimo um equívoco imenso na forma como as pessoas estão encarando essa decisão e as conseqüências desse equívoco podem ser desastrosas. Os simpatizantes desse tipo de relação estão encarando a decisão do STF como apologia ao homossexualismo, mais que isso estão bradando isso aos quatro cantos.

O STF resolveu uma questão de Direito, e por mais que, ao meu ver, tenha sido um posicionamento constitucionalmente equivocado, não é possível recorrer à instância superior, ponto.

Não achar o homossexualismo uma prática legal, uma prática que deve ser moral e socialmente aceita não é preconceito. Eu não sou um moralista nato, faço coisas que são moral e socialmente inaceitáveis e não escondo isso, mas isso não me tira o direito de achar que de uma forma ampla o homossexualiso é mais prejudicial que benéfico à sociedade de uma forma ampla.

O brasileiro não sabe ser homossexual, acha que pra ser homossexual tem que se vestir como uma "drag-queen", falar palavrão sem medidas e usar o banheiro feminino. Desta forma admitir legalmente a união entre homossexuais é um passo perigoso no sinuoso caminho da depravação dos costumes, ainda que eu não me preocupe demasiadamente com isso tenho certeza que a maioria das pessoas se preocupa.

Desafio aqui qualquer heterossexual que tenha filhos a dizer que quer ter um filho homossexual, o preconceito está mascarado e corre nas veias da sociedade, do mais pobre ao mais rico, do limpador de carros ao executivo, do analfabeto ao doutor em sociologia, todos tem restrições aos homossexuais, me arrisco a dizer que sempre terão.

Sinceramente eu tenho um desejo, quase um apelo, pessoal de que essa questão se encerre por aí, que não comecem a falar em bigamia, poligamia, entre outros institutos pouco ortodoxos do "Direito das Famílias" - foi essa a expressão usada no STF, não foi?


Abraço. Boa leitura.


"Transformam o país inteiro num puteiro, porque assim se ganha mais dinheiro..." (Cazuza)

2 comentários:

Moaci Judson disse...

Pra mim o cara pode morar com outra mulher, 2 ou 3, com outro homem , até com um papagaio! to nem ai!
Agora o que e foda e rasgar a porra da já tão desmoralizada constituição, para agradar uma classe!

Sávio Breno disse...

O pior disso tudo é a justificativa dada pelos éforos para estuprarem a Constituição que juraram defender. A idéia é que o parlamento não está disposto a cumprir sua "função" e jamais aprovaria uma tal proposta.Ergo, "se eles não aprovam, pode deixar que nós aprovamos!"

Ora, mas numa democracia algumas propostas são aprovadas outras não, é por isso que tem esse nome. Se todas fossem aprovadas se chamaria "anarquia". Se apenas as de um grupo privilegiado fossem aprovadas se chamaria "tirania".

Outra questão a ser enfrentada. Quando os éforos extirpam do ordenamento jurídico uma lei comum, eles o fazem usando como parâmetro Constituição, certo? E quando eles resolvem solenemente ignorar um dispositivo da PRÓPRIA Constituição, o fazem baseados em quais parâmetros??????????

A resposta é óbvia. Eles fazem baseados em suas ideologias pessoais é claro! Mas como as ideologias pessoais dos éforos não estão, até onde eu sei, acima da Constituição da República Federativa do Brasil, eles precisam construir, para disfarçar a canalhice intelectual, um monumental edifício de belas palavras para que o povo, essa ignorante criança que necessita ser "protegida dela mesma" (não é ministro Fux?) engula sem fazer careta.

P.S.:"Éforos" eram, na antiga Esparta, 5 magistrados que tinham a função de fiscalizar se a "lei de Licurgo" (algo como a Constituição de Esparta) estava sendo cumprida a risca pelo povo e pelos demais órgãos do governo da cidade. Com, o tempo, no entanto, acabaram se tornando, de fato, os verdadeiros governantes da Cidade-Estado.

P.S.2: pelo menos em Esparta os éforos tinham mandato de apenas um ano e eram eleitos pelo voto de todos os cidadãos....