22 de maio de 2011

De Cara-Pintada a Cara-de-Pau

Primeiro pensei em falar sobre a Amanda Gurgel, depois o Palocci. Mas resolvi falar do movimento estudantil, poucos sabem o que isso significa, até mesmo a Wikipédia diz muito pouco sobre o movimento estudantil. E eu, também, não sou nenhum especialista, mas sou atrevido.

Eu aprendi nas aulas de História e Geografia que o movimento estudantil era sinônimo de credibilidade e respeito, tudo alcançado com sangue, suor e lágrimas. Me lembro de um livro de História que trazia uma foto do hoje senador Lindberg Farias, então presidente da UNE, com a cara pintada em verde e amarelo. Hoje o senador tem outra cara(-de-pau, quem sabe?).

O movimento estudantil hoje virou briga de partidos políticos por siglas estudantis como a UNE, UBES, USES, entre tantas outras. O motivo é simples: a intenção de usar o prestígio de tais siglas como trampolim político. O interesse dos estudantes passa longe, a renovação então, nem se fala.

A entrada de partidos políticos no comando de entidades envolvidas com o movimento estudantil criou uma nova classe de estudantes: os estudantes profissionais. Um bando de vagabundos que, sem ter perspectiva de crescimento, mantêm a todo custo seus vínculos escolares ou acadêmicos para permanecerem no comando de órgãos estudantis.

O retrato do movimento estudantil é a pobreza de ideias e propostas, o que está em disputa é simplesmente o poder pelo poder. É praticamente uma versão estudantil de nosso processo eleitoral. E eu lembro de ter ouvido que o Brasil era o país do futuro, por causa de sua juventude. Mas só se for outra geração, porque a minha, senhoras e senhores, está perdida.


Abraço. Boa leitura.

Um comentário:

utopic disse...

Muito bom. É uma percepção que eu também tenho. Já até falei no twitter sobre política de uma maneira geral e como as pessoas desse país se elegem de acordo com as regras partidárias existentes. O certo seríamos ter uma reforma política com especial igual para todos e sem conluio de partidos. O que temos é uma discrepância gritante, quem tem mais poder, tem mais tempo de horário político, elege mais representantes, compra mais votos. Mais tenho fé que um dia teremos uma população que saberá o quanto é soberana.
Abraços!