4 de agosto de 2009

Insônia: o Estágio para a Loucura

Chega a madrugada fria mais uma vez, e me perco por essas linhas mal escritas, e pouco lidas é verdade. Agradeço a todos que perdem tempo vindo aqui e lendo um pouco do que escrevo. Ultimamente tenho escrito nas madrugadas, frases sem sujeito, poesias sem rima, coisas que já não surtem mais efeito. Mas é que não tenho muito sono, por um motivo ou outro, alguns chamam isso de insônia, eu chamo de estágio para a loucura.

Parafraseando Cazuza e Frejat, a insônia nos convence diaramente que o céu faz tudo ficar infinito. Mas se não dormimos, como podemos sonhar?

Porque sonhar e viver são quase a mesma coisa, vivemos porque sonhamos, e sonhamos porque vivemos. Só há uma única diferença, vivemos de olhos abertos.

Noites de sono perdido, noites de insônia, noites sem sonhos. São noites frias, escuras e solitárias. São noites sem céu.

O poeta precisa da noite, para sonhar, para ter seus devaneios, para ser um pouco lunático, afinal, costumam dizer que alguém é "de lua" quando esse alguém é meio "louco".

As palavras como sempre são escassas ou sem sentido, termino citando Goethe, termino torcendo para conseguir encostar a cabeça no travesseiro e ter bons sonhos. "Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor."

Abraço. Boa leitura.

P.S.: Qualquer semelhança do título com o "Elogio da Loucura", de Erasmo de Rotterdam, não é mera coincidência.

Texto revisado: Cláudia Brito :)

Um comentário:

Claudia Brito disse...

"Lembra que o sono é sagrado e alimenta de horizontes o tempo acordado de viver..."