11 de dezembro de 2008

Conversa de Botas Batidas



Olá meus amigos, mais uma vez venho lhes trazer uma leitura. Bem, o post de hoje talvez acabe ficando "sempénemcabeça", mas é que ele é resultado de uma conversa muito interessante que tive com uma amiga, que por sinal, fez questão de servir de inspiração para esse post, e acabou servindo demais.

"- Quem sou eu?"

Acho que muita gente já se fez essa pergunta, um tanto quanto retórica, mas digamos que seja, em sua essência, complexa demais para ser respondida, ou talvez não seja prudente respondê-la. Afinal, seria como resumir a si mesmo, me permito parafrasear Clarice Lispector e dizer que, seria como somar duas maçãs e uma cadeira, e aplico isso livremente para todos os seres humanos. Mas qual a graça em se resumir? Afinal quem achar interessante deve ler o livro inteiro ao invés do resumo, por isso não fiquemos apreensivos se não soubermos nos resumir, deixemos que nos leiam por inteiro.

Bem, dizem por aí que bonitinha é uma feia arrumada. Mas bem, perguntem a qualquer mulher se ela prefere ser chamada de "bonitinha" ou de "feinha", aposto que todas preferem bonitinha. Acho que chamar uma mulher de bonitinha, é uma maneira mais carinhosa de tratá-la, "bonita" é muito formal, e "linda" muito extravagante. "Bonitinha" é uma espécie de meio termo, equilíbrio. E tolos são os que esquecem do equilíbro, afinal, ele sempre existe. "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", disse Lavoisier.

As pessoas costumam usar de maneira muito abstrata conceitos como ruim, bom, ótimo, excelente, entre outros, para rotular umas as outras. Sabem, não sei ao certo em que rótulo eu me encaixaria, mas sinceramente pouco me importa. Tento sempre dar o melhor de mim, e torço para que isso seja o bastante, ou pelo menos que seja aceitável. Talvez se todos pensassem em dar o melhor de si, não para o próprio benefício, mas para o bem comum, poderíamos viver em um mundo melhor.

Bem se eu não tivesse cometido algum dos erros que eu cometi, ou mesmo dos acertos, será que eu estaria escrevendo agora? Eu costumo dizer que se eu tivesse uma "segunda chance" para recomeçar desde o meu primeiro erro, eu faria tudo exatamente igual. Afinal, eu fui moldado por meus erros e meus acertos, minhas escolhas, como falei em outro post, e no fundo eu me orgulho disso, e todos nós deveríamos.

O que é mais fácil entrar ou sair? Eu preferio entrar, a idéia de enfrentar, penso que sair remete muito ao sentido de fugir. Muito embora, talvez, toda saída seja uma entrada e vice-versa, existe uma diferença, uma grande diferença. Quando entramos estamos abrindo uma porta, enquanto ao sair estamos fechando-a. E mais, ao sair sabemos o que estamos deixando para trás, trancado na porta fechada, entretanto ao entrar muitas vezes não sabemos o que pode estar do outro lado da porta. O que seria mais interessante, a sensação do desconhecido ou do vivido? Eu responderia que a descoberta é muito melhor que ambas.

E coincidências, o famoso acaso. Será que um dia iremos entedê-lo? Eu, particularmente, prefiro acreditar nas escolhas que cada um faz, porém as vezes acontecem coisas inexplicáveis, que simplesmente não soam como uma mera coincidência. De fato, isso é uma dúvida que podemos carregar pela vida e conviver com ela, de maneira muitas vezes útil, e outras vezes nem tanto agradável. Mas, falando em coincidência, e o tal do amor à primeira vista, esse sim é uma complicação medonha. A começar do fato de que não conheço uma definição para o amor, então como dizer que à primeira vista sentimos algo que não sabemos ao certo o que é?

Enfim, seja à primeira vista, ou não, eu acredito no amor, acredito em contos de fada. E diria que também me sinto atraído por ele, algo desconhecido e eu gosto disso. O desconhecido é algo perigoso e, ao mesmo tempo, atraente, muito atraente. Agora, por favor, para as mulheres quando acabarem de ler isso não vão olhar para o primeiro gostosão que virem na rua e achar que uma grande coincidência e dizer que foi à primeira vista, pode ser perigoso, e pra rapaziada já passou do tempo em que colava dizer que foi amor à primeira vista, mas quem sabe à segunda vista, marquem um encontro de qualquer forma.

Abraço. Boa leitura.

3 comentários:

@FFenrirX disse...

Fahad! Hey brother, vamos fazer propraganda de um ao outro? defina acompanhantes no seu blog pra eu me inscrever e vamos linkar nossos blogs! Vou ficar esperando... vlw

http://cavaleirosdasnoitesinsones.blogspot.com/

Anônimo disse...

Interessante o texto que acabei de ler... Bem antropológico ou coisa do gênero! Realmente o ser humano persiste em querer configurar o que não se configura facilmente ou tenta moldar seus comportamentos de acordo com o exigido pelo meio em que atua! O título do texto nos remete a uma pergunta crucial: Quem sou eu? Acredito que essa resposta se torna fácil quando temos convicções formadas sobre vários aspectos! Outra curiosidade foi abordada no no texto: "A começar do fato de que não conheço uma definição para o amor, então como dizer que à primeira vista sentimos algo que não sabemos ao certo o que é?" (Fahad)

Eu responderia com duas afirmações:

Eu conheço e acredito uma definição para o amor: Deus é Amor!

Amor a primeira vista? Hoje a confusão em torno de tal sentimento é vasta... Amor é sentimento vivenciado, experimentado, calejado! O que dizem de amor a primeira vista pode ser outro sentimento, menos amor!

Parabéns pelo blog!

Anônimo disse...

A respeito da frase inicial de Humberto no início do blog...

Fahad, seria interessante ler depois a narrativa do mito da caverna de Platão! (não sei se vc já leu algo a respeito, mas acho que faria um bom texto)

(Pode me add no MSN - daniloeadelisan@hotmail.com)