11 de novembro de 2009

Microconto #3 e #4

Dança da Alma

Ele a chamou para dançar, mesmo sem saber dançar. E tropeçadamente eles dançaram, sem compasso e sem ritmo. Mas suas almas pareciam em perfeita sintonia. E quando se deu conta, dançavam em outro ritmo, outra música, o ritmo da alma, a canção da paixão.


Morte Súbita

Sentou-se na cafeteria. Pediu um café. Deu alguns tragos no cigarro enquanto esperava. Bebeu o café. Parou pensativamente, deixou o cigarro no cinzeiro e algumas moedas no balcão. Ao atravessar a rua foi atropelado por um ônibus.


Abraço. Boa leitura.

3 comentários:

Marcelo Mayer disse...

melhor que morrer numa sala de psiquiatria

Deftones disse...

Tecnicamente, acho que seriam minicontos, e não microcontos. Mas, claro, a informação técnica não é o elemento mais importante, sobretudo quando se trata de literatura. Bacanas os textos. Deu até pra ver: o casal dançando em sintonia; o sujeito estático após beber o café, instantes antes da morte. Abraços outros.

@febrandao disse...

Em particular, preferi o primeiro. Achoq ue hoje estou muito mais para as paixões que às tragédias!

:)

beijões.