1 de novembro de 2009

Velhos Hábitos

Velhos hábitos são como respirar, involuntariamente necessários. Mas como saber se nossos velhos hábitos estão velhos realmente? Como saber se já são involuntariamente necessários?

O dia estava amanhecendo e ele continuava com os mesmos velhos hábitos de sempre, falava sozinho, pensava em voz alta, levava a mão ao bolso e apanhava um cigarro, caminhava sem saber exatamente aonde seus passos o estavam levando, e continuava sempre pensando no que tinha acontecido na última noite. Mas dessa vez tinha sido uma surpresa boa.

Como falei há alguns dias, eu estava tentando parar de fumar, tentando atender um pedido especial, mas acho que queimar o cigarro e ver a fumaça subir se tornou um velho hábito, como pensar, respirar. Então, 11 dias e 23 horas depois eu resolvi desistir de parar. Velhos hábitos devem nos acompanhar, afinal são eles quem definem quem somos de verdade.

O cara de barba, dentes amarelos do cigarro, voz rouca das gritarias, usando um óculos aos pedaçoes e completamente embaçado, alguém que as pessoas costumavam contar muitas histórias, algumas eram mitos, outras nem tanto. E de repente, um olhar congelante, um sorriso ardente, e um beijo.

Estou vendo o futebol enquanto escrevo, e o meu time acaba de empatar, então, me permitam acabar antes do que gostaria, mas o futebol, as corridas de automóvel, são velhos hábitos de todos os homens.

Ele se foi, ela se foi. Por enquanto? Ou portanto? Ele se pergunta quando? E ela o que se pergunta?

Abraço. Boa leitura.

4 comentários:

Anna disse...

Palavras de uma sutileza de algué,q as vezes me parece tão tosco...kkkk

Belissimo texto!

Marcelo Mayer disse...

ahhh os hábitos... se todos respeitassem ou entendessem... tudo seria melhor. incluive casamentos.

Andrea Mari disse...

os habitos que falam por nós,o que seríamos sem essa bagagem as vezes pesada as vezes leve...

Anônimo disse...

Mas pare de fumar, por favor!

=*