No meio de tudo, no meio do nada, tanta gente ao seu redor que ele mais se sentia sozinho. As pessoas se cruzavam e nem se olhavam direito. As vozes, os sussurros, todos os sons, eram tão altos que não se podia ouvir.
Foi então que lá bem longe enxergou algo diferente, especial. E de repente ele podia ouvir algo parecido com uma voz amiga, um alento. Podia observar algo que apesar de tudo, o fitava mesmo que fosse apenas em essência.
Era uma rainha, ou pelo menos deveria ter sido. A mais bela escultura que jamais vira, era mais viva que qualquer das pessoas daquele lugar estranho. Ele a rodeou, a observou, feito louco chegou até mesmo a conversar com ela.
E então, em um surto da mais pura loucura, ele a beijou. E a rainha era como fogo, vermelha! E ela usava duas esmeraldas preciosas! E o gosto era de mel de abelha! E a rima se vestia de prosa!
E o fogo o queimou, o brilho das esmeraldas foi se indo, o gosto de mel, esse ficou, e ele que queria pensar uma rima, acabou escrevendo uma prosa. Embriagado pela loucura, foi deitando devagar e aos poucos despertando.
Ao abrir os olhos, olhou pela janela e vendo o muro da casa percebeu que estava no seu velho quarto. Mais um sonho estranho, sem explicação, daqueles que só ele podia entender. E a rainha, por onde andava? Pensava?
Abraço. Boa leitura.
P.S.: No título menção a uma música dos Engenheiros do Hawaii, tava com saudades de lembrá-los por aqui.
4 comentários:
é sempre na loucura que fazemos as melhores coisas!!!!!
e por onde anada? não importa! senão vai surtar
Loucura e genialidade estão ali, lado a lado.
belo blog.
Abraços.
Ficou maravilhoso esse texto!
Continue assim!
=*
Muito massa esse textoo!!!
=]
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